Imagem extraída da Internet
Por LÉO MENDES
Caros leitores do BLOG DA WRET, primeiramente venho me desculpar por minha coluna estar sendo publicada apenas hoje, terça-feira dia 8, mas é fato que meus trabalhos vem me ocupando de forma quase integral, portanto, espero que compreendam a situação.
Mas vamos ao assunto que irei tratar em minha coluna; um assunto fora do mundo do futebol e dentro do mundo das 4 rodas, do mundo motorizado: o susto pelo qual a Fórmula Indy passou mais uma vez neste último domingo, com o gravíssimo acidente do tetracampeão da categoria, o escocês Dario Franchitti que, felizmente, escapou sem ferimentos graves, assim como o público presente na arquibancada da curva onde houve a confusão.
Após a morte do inglês Dan Wheldon em 2011, a categoria passou por fortes investimentos na segurança dos seus carros, principalmente na questão aerodinâmica que, com o chassi anterior, permitia com que o carro decolasse com facilidade em certos tipos de contatos, inclusive, sendo o fator decisivo para a morte do piloto britânico na ocasião. Veio o novo carro, problema de decolagem por intrusão de ar na parte inferior do carro resolvido, chassi extramente resistente, cockpit absolutamente protegido com o que há de mais moderno, e PUFFF, temos totais condições de segurança, correto? A resposta é: NÃO !
Infelizmente, vimos que o acidente ocorrido domingo expôs um grave problema de segurança pelo qual a Indy passa atualmente: a falta de proteção adequada oferecida por seus circuitos, tanto aos pilotos, quanto ao público; no caso dos pilotos, muitas vezes, o carro pode ser o mais moderno possível, mas se as condições da pista não ajudam, não tem jeito.
O GP de Houston, realizado em rodada dupla no circuito urbano do Reliant Park Stadium neste final de semana, foi o símbolo dessa atual falta de preocupação, principalmente com os circuitos mistos, que a organização da Indy vem mostrando. No acidente, que podemos ver aqui, percebemos um Dario Franchitti levantando vôo após estampar a traseira do japonês Takuma Sato e atingindo diretamente o alambrado; Franchitti fraturou o tornozelo direito e duas vértebras, porém foi retirado consciente do carro e sem nenhum ferimento mais grave, provando a resistência do chassi italiano da Dallara, usado desde o ano passado na categoria, em um acidente que, se fosse há alguns anos atrás, com certeza teria custado a vida do veterano piloto; MAS O QUE CHAMA A ATENÇÃO É O ALAMBRADO SE DESFAZENDO COMO ISOPOR COM O IMPACTO !!
Em outras categorias e até mesmo na Indy, principalmente em ovais, vimos vários acidentes nos últimos anos com carros que decolam e atingem os alambrados, porém, as cercas aguentam o impacto e apenas se rompem em alguns casos, sem soltar suas estruturas, mas o que se viu no circuito da cidade de Houston foi o alambrado se soltar completamente da estrutura com o impacto e voar na direção do público presente na arquibancada logo atrás (como é possível notar no vídeo do acidente), deixando 12 espectadores e 1 fiscal de pista feridos, felizmente e por milagre, sem gravidade.
A estrutura dos circuitos mistos e de rua da categoria norte-americana vem sendo criticada dia após dia, e o episódio Houston talvez possa funcionar como um último aviso por providências, antes que alguma tragédia aconteça (Deus queira que não). A pista do Reliant Park Stadium, além do frágil alambrado, mostrou um traçado sem condições nenhuma de asfalto, com direito a caixas de câmbio rachando no meio graças as ondulações e chicane improvisada devido à uma (pasmem !) vala que se abriu no meio de determinada curva, além de uma saída de pit extremamente perigosa. Na etapa anterior, em Baltimore, a organização caprichou e por 3 anos, vem correndo em uma pista onde um "simpático" trilho férreo simplesmente corta a pista no meio; definitivamente, não sei quem é o gênio que monta um circuito de rua onde há passagem de trens !
O autódromo Infineon Raceway (antigo Sears Point) na cidade californiana de Sonoma, apresenta um problema eliminado há décadas pela quase totalidade dos autódromos mundiais, que é a presença de barrancos nas áreas de escape, o que pode provocar sérios acidentes através de capotamentos gerados pelos solavancos de se trombar com uma dessas vertentes e encostas.
Curiosamente, os circuitos ovais, defenestrados pelas altas velocidades e exposição dos pilotos aos perigos gerados pelas mesmas até pouco tempo atrás, são os tipos de pista que apresentam maior índice de segurança para os pilotos da Indy, com a presença de áreas internas de escape asfaltadas (que permitem um tempo de reação à desaceleração muito maior) e principalmente das chamadas SAFER Barriers (também conhecidas por "soft wall" ou "muro macio"), que são proteções compostas de aço revestidas com poliestireno, que substituem, desde 2004, os antigos muros de concreto, possuindo uma capacidade de absorção de impacto muito maior, não transferindo toda essa energia gerada pelo acidente ao carro, e nem ao piloto.
Realmente, chega-se a conclusão que a Indy, na qualidade de categoria top mundial, precisa rever seus conceitos de segurança e qualidade nos seus circuitos mistos e urbanos, para que se chegue a um nível aceitável daquele exigido pelas principais (e também secundárias) categorias do automobilismo mundial.
RAPIDINHA 1:
Infelizmente, o basquete da cidade de Rio Claro, tanto o masculino quanto o feminino, não fazem um bom Campeonato Paulista, ocupando as últimas colocações. Isso se deve ao fruto do baixo investimento, oriúndo da política municipal de divisão dos gastos. É o que falei há um tempo atrás: categoria adulta não tem como estar no patamar de investimento de uma categoria de base; tomara que o poder público logo perceba isso !
RAPIDINHA 2:
Derby da cidade nas Oitavas-de Final do Paulistão Sub-20 !!! Será um duelo sensacional, sem favoritos, e que tem por obrigação parar a cidade, vai ser um duelo épico ! A WRET irá transmitir as duas partidas, não percam !
RAPIDINHA 3:
Assombroso o domínio da Red Bull e do ótimo Sebastian Vettel na Fórmula 1. Vai para seu tetracampeonato seguinte com uma superioridade poucas vezes vista, talvez apenas na época de Schumacher e da McLaren com motor Honda e da Williams de suspensão ativa. Palmas para Adrian Newey, um gênio da engenharia por conceber esse carro (e curiosamente os McLaren e williams anteriormente citados), e ao próprio Vettel, que tem méritos e qualidade para se impor com esse carro !
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